Artigo: Dona Olímpia - Santa Tereza Tem
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Artigo: Dona Olímpia

Como, nos últimos dias, o nome Olímpia tomou conta dos jornais, das conversas e do temor de muita gente, é oportuno lembrar duas Olímpias que fazem parte da história e do lendário de Belo Horizonte e de Minas.

Uma delas Olímpia Vasquez, espanhola que criou o mais importante cabaré de Belo Horizonte em todos tempos, o Montanhês. Ele ficava na rua Guaicurus e foi  ponto obrigatório de várias gerações de marmanjos que se misturavam com jornalistas, poetas, políticos e outros bichos mais para tomar seu cuba libre, dançar com as meninas de Dona Olímpia.

Era um luxo fantástico e até mesmo Orson Welles, durante sua estada de poucos dias em Belo Horizonte, ali esteve e, diz a lenda, apaixonando-se por uma morena que lá dançava. Tive a honra de conhecer dona Olímpia, a quem entrevistei e sobre a qual fiz uma reportagem de página inteira no Estado de Minas.

Outra mulher do mesmo nome foi a fantástica Dona Olímpia de Ouro Preto, figura que se tornou lendária em vida, merecendo reportagens, fotografias premiadas, contos e pinturas. Sobre ela se construíram histórias e mais histórias, algumas contradizendo as outras mas, sem dúvida alguma, ela fez parte da paisagem de Ouro Preto e ainda compõe qualquer trabalho histórico que trate da ex-Vila Rica nos idos tempos do século 20.

O jogo de quarta-feira nos dá oportunidade de falar destas duas Olímpias, mesmo porque as novas gerações não tiveram a oportunidade de as conhecer. Poderíamos acrescentar outra Olímpia também desconhecida das novas gerações. A Olímpia a que sempre se referia Ronald Golias em seus programas de televisão em que o nome virava uma interjeição exclamativa: “Olímpia”. Curiosidades de um nome feminino que pode, dentro de poucos dias, transformar em glória ou pesadelo para a nação atleticana.

Foto: Dona Olímpia de Ouro Preto, cedida pelo fotógrafo José Góes, de seu acervo particular

Autor: Carlos Felipe Horta / 19/072013

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