O Churrascão da Vila Dias, organizado pelos movimentos Fica Vila e o Grupo de Pesquisa Indisciplinar da UFMG, reuniu em torno de 80 pessoas – moradores do bairro, integrantes dos movimentos Brigadas Populares, Pólos da Cidadania da Escola de direito da UFMG, Grupo de Pesquisa INDISCIPLINAR da Escola de Arquitetura da UFMG, Salve Santa Tereza, Fora Lacerda e intituições como o Instituto Helena Greco.
O evento realizado na Rua Conselheiro Rocha, em frente à estação do metrô – Santa Efigênia, além de promover a confraternização, mostrou a importância da união de todos na defesa da ADE (Área de Diretrizes Especiais) de Santa Tereza, na manutenção e melhorias urbanísticas e sociais para as Vilas Dias e São Vicente. A importância da relação entre Universidade, Movimentos Sociais e comunidades também foi reforçada em um encontro que uniu diversão e trabalho.
Os líderes da comunidade “Cadeado” e “Peão”, presidente da Associação Comunitária da Vila Dias, uniram-se aos alunos da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais e começarão a fazer um mapeamento das Vilas e de todo o bairro.
Alguns líderes da comunidade compareceram e colaboraram com informações importantes e uniram-se aos alunos da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais para o início de uma cartografia crítica tanto da Vila quanto de todo o bairro.
Ficou agendada uma reunião geral para o dia 10 de junho às 19 h, na Associação Comunitária da Vila Dias, para uma discussão mais ampla sobre o seu futuro. Um dos problemas sérios apontados pelos moradores é a falta de diálogo da Urbel com a Vila. A URBE e a Urbel (Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte) voltaram a visitar a comunidade depois de um grande período e ainda não voltou a conversar com os moradores de forma coletiva e aberta. Segundo eles, até uma trouxeram uma geóloga compareceu ao local para um encontro fechado e apontou problemas geológicos e áreas de risco. O que sinaliza remoção.
O Churrascão mostrou que há uma força coletiva em crescimento no Bairro Santa Tereza e Comunidades de Vilas e Favelas, envolvendo, além dos moradores, movimentos sociais e Universidades em busca de garantir os direitos das melhorias de condições de vida no Bairro como um todo, o respeito aos direitos do cidadão e a discussão sobre a função social da propriedade.”
