Se há uma figura misteriosa no Novo Testamento, ela é São José, o carpinteiro que se casou com Maria e foi o “Pai Oficial” do menino Jesus Cristo.

Citado poucas vezes nos Evangelhos, num determinado momento, ele simplesmente “desaparece do mapa” . O que aconteceu com José? Quando morreu? Jesus já era adulto? Onde foi sepultado? Estas e outras perguntas ficam sem respostas oficiais e até mesmo livros que falam sobre os santos de cada dia usam palavras eufemísticas para tratar do santo que é Padroeira da Família e um dos mais respeitados na Igreja Católica, mesmo não se sabendo quase nada dele.

Como 19 de março, é a data é a sua data comemorativa, embora, a partir dos anos 60, ele sido lembrado também em 1° de Maio, Dia do Trabalho, numa clara ligação com o fato dele ter sido trabalhador, é oportuno sugerir uma leitura: “São José e o Menino Jesus”, de 1990, da Editora Vozes.

O livro  organizado, no Brasil, por Lincoln Ramos e baseado nos chamados Livros Apócrifos (palavra que significa escondido, secreto, oculto), obras que tratam dos mesmos assuntos de alguns escritos bíblicos, mas que não são tidos como inspirados e, portanto, não incluídos no cânon oficial da Igreja.

 No caso do livro “São José e o Menino Jesus”, as bases são a memória oral e o Evangelho do Pseudo-Tomé. A leitura é deliciosa e tem tudo a ver com o que se poderia chamar o “folclore de São José”. A gente aprende até a gostar mais dele ainda através de lendas e lendas que guardam sua história.

Carlos Feliipe Horta – Jornalista, folclorista e colaborador do Santa Tereza Tem